Trinta e dois degraus separam a movimentada Avenida Paulista do prédio de número 900. São 4.528 pés de alunos que se dividem entre pisotear o íngreme escadão e o corredor do térreo baixo diariamente. A Cásper é uma faculdade de verticalidades. O acesso mais escolhido para chegar a qualquer um dos 15 andares são os elevadores. São 9 que funcionam 24 horas por dia, 168 por semana. Os equipamentos carregam gente de todas as áreas – funcionários, professores e alunos, em sua maioria. Os quase 450 degraus de escadas que dão acesso ao prédio inteiro são evitados – e não é difícil descobrir o por quê.
Desde 1970, a sirene no topo da torre já tocou pelo menos 17 mil vezes para avisar aos pedestres atrasados, aos trabalhadores em seus escritórios ou aos moradores ainda por acordar que já é, pontualmente, 12 horas. Nunca falha.
Dos 2.264 alunos matriculados por ano nos 4 cursos oferecidos pela faculdade, 693 deles são de Jornalismo, 713 de Publicidade e Propaganda, 305 de Rádio, TV e Internet e 553 de Relações Públicas. A quantidade de mulheres é quase 2 vezes maior que a de homens: 67%. As futuras publicitárias formam um pelotão de 428 alunas, ante os 285 homens.
A Cásper é uma faculdade de corpo jovem. A faixa etária média dos alunos é de 21 anos. Falemos de extremos: 42 anos separam o aluno mais novo (nascido nos anos 2000) do mais velho (de 59 anos). Oito de cada dez alunos são brancos. Apenas 0,7% dos alunos se declaram pretos, número que só não é menor que aqueles que se declaram indígenas (0,1%).
O perfil discente também inclui cerca de 28,3% de alunos com renda familiar mensal de 5 a 7 salários mínimos e 22,2% com a renda entre 8 a 10 salários mínimos. Trocando em miúdos, o poder aquisitivo é alto: 50,5% dos alunos fazem parte do grupo restrito de 15,9% de brasileiros que ganham mais de 5 salários mínimos.
Entre os discentes, 650 alunos são contemplados com bolsa de estudos e 430 contam com bolsa de avaliação socioeconômica subsidiada pela mantenedora, a Fundação Cásper Líbero. Outras são oferecidas para quem participa do Centro Interdisciplinar de Pesquisa, conhecido como CIP. Até hoje, lá foram produzidos mais de 200 projetos docentes e de iniciação científica.
No último ano, 15 pesquisadores bolsistas e 6 não bolsistas tiveram a oportunidade de fazer suas pesquisas, orientados por 7 docentes. Desde 2003, 140 alunos pesquisadores passaram pela experiência. Em 2016, houve 3 projetos de pesquisa relacionados a Jornalismo, 3 a Publicidade e Propaganda, 3 a Rádio, TV e Internet e 2 a Relações Públicas.
Nos 4 andares da Faculdade, há 30 salas de aula. Nelas, 92 professores que compõem o corpo docente atual se revezam, muitos ministrando disciplinas em mais de um curso – são 36 professores com aulas em Jornalismo, 36 em Publicidade e Propaganda, 28 em Rádio, TV e Internet e 27 em Relações Públicas. O tempo em sala de aula passa de 60 horas em cada um dos períodos, matutino e noturno, todos os meses, número que se multiplicarmos por uma média de 3 turmas por ano soma mais de 1.440 horas – tempo suficiente para assistir a toda franquia de filmes da saga Star Wars pelo menos 80 vezes.
A biblioteca Professor José Geraldo Vieira intersecciona o 4º e 5º andares. O acervo total, de 133.509 exemplares, abriga uma infinidade de materiais – desde fitas K-7, em uma quantidade pequena de 45 unidades, até os 51 mapas, 454 dissertações, 36 disquetes, 8.490 fotografias impressas, 3.216 projetos experimentais, 3.169 DVDs e 48.185 livros, além dos 30.326 periódicos – em março de 2017. São ao menos 4 milhões de páginas disponíveis para consulta ou empréstimo – estendidas no chão, seria possível dar uma volta quase inteira pela cidade de São Paulo. O auge de frequência de pesquisas, em 2016, aconteceu em abril – 9.828 usuários.
Os meses de férias, naturalmente, são menos movimentados: apenas 2.495 usuários em janeiro e 2.413 em julho. As consultas e os empréstimos quase sempre são de livros, pelo menos 9.805 por ano. E os alunos são os que mais retiram – de 11.029 empréstimos, 9.494 são para estudantes – 86% do total anual.
Quando o assunto é mercado de trabalho, a Cásper tem destaque: 47% dos alunos estagiam na área de seus estudos, o que corresponde a 1.064 comunicadores casperianos contratados. Cerca de 88% deles realizaram os estudos de ensino médio e fundamental em escolas particulares, ante apenas 5% que frequentaram escolas públicas.
A maioria dos calouros está cursando sua primeira faculdade. Exatamente 85,9% dos 540 ingressantes. São 200 vagas abertas por ano em Jornalismo e em Publicidade e Propaganda, 150 em Relações Públicas e 90 em Rádio, TV e Internet. Na pós-graduação, outra área conceituada da Cásper, havia 308 alunos matriculados em 2015.
Há três órgãos laboratoriais na Faculdade. Para aqueles que estudam Rádio, TV e Internet, a Clact Zoom é um local de experimentação audiovisual e produz cerca de 15 projetos anuais, que incluem o programa Edição Extra, vídeos institucionais e outros projetos. Já o Núcleo Editorial de Revistas, vinculado ao curso de Jornalismo, é responsável pela publicação de cerca de 7.000 exemplares impressos, dos quais fazem parte as revistas CÁSPER e Esquinas.
Todo ano casperianos chegam e partem. Em 2016, a Cásper Líbero formou 517 novos profissionais para o mercado de trabalho. Foram 174 em Jornalismo, 157 em Publicidade e Propaganda, 119 em Relações Públicas e 67 em Rádio, TV e Internet. Setenta anos que passaram, com diversos números e histórias – de muitas que ainda estão por vir.