Para Ana Beatriz Rosa, ex-editora da CÁSPER, o futuro do jornalismo está na coprodução com marcas e parceiros
A baiana Ana Beatriz Rosa abandonou um curso de Direito no Espírito Santo e veio parar na Avenida Paulista quase por acaso. Encontrou no Jornalismo a possibilidade de se mudar para São Paulo e estar mais perto dos irmãos. Foi na Cásper que se sentiu uma cidadã do mundo. Teve o contato, desde o vestibular, com documentários e livros fora do eixo tradicional, até as mobilizações estudantis, passando pelas vivas memórias das rodas de conversa da Frente Feminista Casperiana Lisandra e da paralisação das aulas para debater o impeachment de Dilma Rousseff, em 2015 e 2016. Entrou para o time de monitores da CÁSPER no primeiro ano de curso e assim vivenciou o fazer jornalístico ainda cedo. Depois partiu para um estágio na Veja.com, mas sentiu falta da perenidade do impresso. Mudou então para a Casa Vogue, e percebeu que o futuro estava no online. E, mais uma vez ao acaso, acabou conhecendo numa banca de TCC na Cásper uma editora do Huffpost Brasil que a chamaria para uma vaga no site britânico. De estagiária à editora do Huff, Bia cobriu as eleições de 2018, foi finalista na 13ª edição do Troféu Mulher Imprensa com uma reportagem sobre assédio sexual no transporte público e liderou o Tamo Junto, um espaço para refletir sobre os dilemas dos 20 e poucos anos. Formada, a casperiana tinha a impressão de que nas redações só havia espaço para temas que impactam a cotação do dólar. Depois de passar pelo posto de especialista de conteúdo na consultoria Questtono e, hoje, no time de Marketing&Content na Alice, uma healthtech, ela vê a importância de diversificar pautas: “É preciso contar histórias que se relacionem com o público”.